Evento reuniu 54 participantes de 15 estados brasileiros, além de convidados internacionais
As conexões com o cenário global de inovação e o foco em sustentabilidade econômico-financeira e em internacionalização marcaram o terceiro e último módulo do Programa de Qualificação em Gestão de Parques Tecnológicos, realizado pela Anprotec – Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores no Tecnopuc, entre os dias 21 e 22 de agosto. Antes de aterrissar em Porto Alegre, o Programa passou por Campina Grande (PB), no Parque Tecnológico da Paraíba, e por Viçosa (MG), no tecnoPARQ.
“O Tecnopuc foi um excelente parceiro, estamos fechando o curso realmente com chave de ouro”, afirmou Maíra Nobre de Castro, diretora de Redes e Associados da Anprotec. Participaram da formação 54 gestores de inovação de 15 estados brasileiros. O Programa teve como objetivo capacitar gestores de parques científicos e tecnológicos e de outros ambientes de inovação, instrumentalizando-os com metodologias, boas práticas e ferramentas para planejar e operar ambientes de inovação de alto desempenho.
No Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, além de apresentações sobre os conceitos e práticas do ecossistema local, a agenda incluiu painéis com líderes de parques consolidados como o Tecnopuc, o PIT, de São José dos Campos, e o Tecnosinos, de São Leopoldo, assim como cases de ambientes de inovação internacionais, como o 22@ Barcelona (Espanha), apresentado por Josep Pique, o Distrito de Inovação de Medellín (Colômbia), por Santiago Uribe, e o Parque de Innovación de Buenos Aires (Argentina), representado por Ezequiel Mesquita, Esteban Cassin e Julia Faita.
A visita técnica ao próprio Tecnopuc e, no dia seguinte, ao Tecnosinos e ao Instituto Caldeira, permitiu aos participantes conhecerem parte do ecossistema de inovação gaúcho. “Aqui tem sido a melhor experiência, principalmente de aprendizado. O Tecnopuc faz um trabalho de excelência há tantos anos e é um exemplo para a gente que está começando, para nos espelharmos e entendermos o que fazer”, destacou Adriana Tozzetti, diretora executiva do Parque Tecnológico de Campo Grande (MS).
Para Maíra, a diversidade do grupo, que incluiu gestores de parques consolidados e de ambientes de inovação recém-aprovados em editais da FINEP, foi um dos pontos altos. “Em uma capacitação só, eles tiveram a oportunidade de conhecer praticamente os cases da maioria dos parques do Brasil, além de se conectar com outros participantes”, disse ela. Na avaliação de Maíra, o encontro resultou na formação de um forte networking, gerando novas parcerias e trabalhos conjuntos entre os participantes.
Marcelo Nunes, diretor de Empresas da Anprotec e vice-presidente de Negócios do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT) foi um dos painelistas. Para ele, a trilha de capacitação é um grande ponto de conexão que traz conhecimento para todos os participantes, independentemente do seu grau de maturidade. “Mesmo os grandes parques que já estão consolidados, têm muito a aprender com quem está no início da jornada”.
Segundo a diretoria da Anprotec, a parceria com o Tecnopuc e o engajamento dos demais anfitriões reforçam a importância da colaboração para o desenvolvimento e o fortalecimento do ecossistema de inovação brasileiro. Com a consolidação do Programa, a entidade já planeja uma nova edição para 2026. O modelo também foi bem avaliado pelos participantes argentinos. “Nós levamos de aprendizagem poder fazer esse tipo de formação na Argentina, para poder replicar esses encontros muito solidários em conhecimento, em estratégia e, sobretudo, uma visão de futuro”, declarou Ezequiel Mesquita, CEO do Parque de Innovación de Buenos Aires.
